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NOTÍCIA
Vencemos a Trilha do Cachorro Louco
Tem quem goste do conforto e facilidade na vida. Mas tem gente que gosta de enfrentar grandes dificuldades pelo simples prazer de encarar o esforço, estratégia, diversão e sobretudo o trabalho em equipe.
Agosto é mês de Cachorro Louco
Tem quem goste do conforto e facilidade na vida. Mas tem gente que gosta de enfrentar grandes dificuldades pelo simples prazer de encarar o esforço, estratégia, diversão e sobretudo o trabalho em equipe. É assim no mundo off road: a opção por equipamentos originais, aventura na veia e lama pra todo lado.
Pensando assim, um grupo de amigos começou a planejar com certa antecedência a trilha do Cachorro Louco, uma das mais pesadas da região de Ribeirão Pires, para o dia 22 de agosto.
Eis que, conforme foi chegando a data marcada, anuncia–se a possibilidade de um evento meteorológico histórico, trazendo muita chuva e temperaturas baixíssimas por todo Brasil, exatamente no final de semana marcado para a trilha.
O natural seria repensar a data diante da possibilidade de algo espetacularmente cruel em termos climáticos, mas para esse grupo não. De forma unânime, quanto mais a aventura poderia ficar difícil, mais o grupo se animava, mais o frio na barriga aumentava e assim a vontade de enfrentar o desafio. Contando com o frio intenso e muita chuva, que iriam trazer mais dificuldade em um terreno já complicado, foram se preparando para a possibilidade da trilha durar mais que um dia. Os carros e guinchos foram revisados, e muitos agasalhos, água e comida, além de cintas e patescas foram preparados pensando no que estaria por vir.
O grupo que entrou no Cachorro Louco no sábado às 8 horas da manhã era formado por seis viaturas: três Willys , dois Trollers e uma F75. Os pilotos: Fernando Oller, Vitor Candelaria, Alexandre Scobar, Ana Beatriz Linardi, Ricardo Nunciaroni e Italo Bin. Os zecas: Marcelo Calil, Marcelo Serrano, Fabio Pontes, Wallace Kordelos e o Graveto da Cantareira 4x4. No apoio técnico e fotográfico: Lorena Scobar ,Gabriela Scobar, Jessica Ferreira e Sonia Bueno.
Mesmo com o clima chuvoso, muita lama e muita água para atravessar, conseguiram fazer 90% da trilha no sábado mesmo. Isso graças ao eficiente trabalho dos zecas que, com agilidade e eficiência, conduziram o comboio em todos os desafios pesados.
Não faltou emoção quando os três primeiros ficaram engatados para fazer um trenzinho para puxar a F75, e ela ficar sobre duas rodas. Mas tudo se ajeitou e é claro que foi registrado para relembrarmos esses momentos divertidos. O trabalho em equipe funcionou de forma muito eficiente e a trilha transcorreu trabalhosa, porém tranquila.
Por volta das 17 horas do sábado, chegaram no famoso “pampeirão” ou “mousse” como é conhecido na região. Como o nome já diz, é uma abertura na mata que forma um atoleiro muito difícil de ser transposto, cujo solo argiloso e ardiloso, lembra as areias movediças da série “Perdidos no espaço” . Quando você entra nele, afunda, e gruda! Gruda mesmo!
Assim foi com o Troller do Ricardo, que tentou e não conseguiu passar. Grudou de um jeito que parecia ter nascido lá como parte da paisagem! Muitas tentativas de movê-lo de lá mas o pampeirão não deixava!
A chuva, que não deu trégua o dia inteiro, fez uma pequena interrupção que ajudou o grupo a fazer o esperado e tradicional churrasco, depois de decidir montar o acampamento e continuar os trabalhos no dia seguinte. Mesmo preparados com barracas, cobertores, meias, toucas e luvas extras todos sofreram com o frio da região, onde a temperatura chegou em torno dos 6°C. Mas estavam felizes por estar fazendo o que mais amam como hobby, pela companhia de amigos tão especiais e, diga-se de passagem, corajosos! O frio intenso dificultou o sono, e a noite pareceu longuíssima. Mas entre as cochiladas e estados sonambúlicos, um fenômeno: alguns ouvidos privilegiados escutaram o latido do cachorro....que veio lembrar que afinal, a trilha era do Cachorro Louco!!!
Assim que raiou o dia, o galo cantou! Mas de onde surgiu? Era o Calil animado acordando todos e imitando o bicho com perfeição.
E assim todos foram continuar os trabalhos. A Ana fez surgir um café quente do lado do comboio e logo os amigos surgiram do outro lado com um café da manhã vip! A turma que já estava no apoio em QAP acionou os amigos e cerca de 10 jipes se prontificaram a se deslocar para lá para ajudar a retirar o grupo do enrosco do pampeirão que estava danado de teimoso.
Tivemos muitas cintas arrebentadas na tentativa de descolar o Troller do terreno, e também, nesse contexto, o cabo de aço se mostrou mais adequado no trabalho intenso em condições difíceis, apesar dos cabos sintéticos serem mais leves e de fácil manuseio.
Na hora do almoço, um arroz de trilha sensacional preparado pelo Calil. Além de eficientíssimo na trilha, ainda é um super chef no comando do arado. Que refeição deliciosa! O ânimo das pessoas, que já estava bom, melhorou ainda mais com o delicioso almoço e os trabalhos aceleraram. E o céu escuro e carregado do dia anterior deu lugar ao sol, que deixou a paisagem mais vibrante e aquecida.
No domingo o pampeirão parecia um parque de diversões! Era bonito de se ver: aproximadamente 50 pessoas e 1 dúzia de jipes no lugar que é o paraíso de quem gosta de trilha pesada. Ali estava presente o espírito jipeiro: todos alegres, se divertindo, e na colaboração mútua. Enquanto algumas pessoas serviam o café, outras cuidaram das árvores caídas no caminho final da trilha, e outros já agilizaram os pontos de ancoragem.
Foi por volta das 20:30 horas do domingo que saiu o último jipe da trilha. Até mesmo os que foram ajudar precisaram de ajuda, pois a natureza estava realmente brava e exigente naquele dia. Esse espírito de companheirismo é o que faz o mundo OFF ROAD ser tão especial.
Nossa turma de apoio foram: Nelsão, Hiroshi, Renan Toguchi, Milton Nagaiassu, Gustavo Nagaiassu e Sergio Rolim (Jeep Clube de Ribeirão Pires), Tranca e Debora (Rolo4x4), Cheiro, Mauricio Pessotti e Zoio (Núcleo ABC Off Road),Guto e Gabriel (Jeep Clube do Brasil), Célia Zillig e Tarja Preta (Elite da Lama) e Thiago Alves.
Fica aqui o agradecimento da turma para aqueles que se dispuseram a deixar suas casas para ajudar, nesse dia frio, para que o grupo saísse da trilha.
Texto: Ana Beatriz Linardi
Tem quem goste do conforto e facilidade na vida. Mas tem gente que gosta de enfrentar grandes dificuldades pelo simples prazer de encarar o esforço, estratégia, diversão e sobretudo o trabalho em equipe. É assim no mundo off road: a opção por equipamentos originais, aventura na veia e lama pra todo lado.
Pensando assim, um grupo de amigos começou a planejar com certa antecedência a trilha do Cachorro Louco, uma das mais pesadas da região de Ribeirão Pires, para o dia 22 de agosto.
Eis que, conforme foi chegando a data marcada, anuncia–se a possibilidade de um evento meteorológico histórico, trazendo muita chuva e temperaturas baixíssimas por todo Brasil, exatamente no final de semana marcado para a trilha.
O natural seria repensar a data diante da possibilidade de algo espetacularmente cruel em termos climáticos, mas para esse grupo não. De forma unânime, quanto mais a aventura poderia ficar difícil, mais o grupo se animava, mais o frio na barriga aumentava e assim a vontade de enfrentar o desafio. Contando com o frio intenso e muita chuva, que iriam trazer mais dificuldade em um terreno já complicado, foram se preparando para a possibilidade da trilha durar mais que um dia. Os carros e guinchos foram revisados, e muitos agasalhos, água e comida, além de cintas e patescas foram preparados pensando no que estaria por vir.
O grupo que entrou no Cachorro Louco no sábado às 8 horas da manhã era formado por seis viaturas: três Willys , dois Trollers e uma F75. Os pilotos: Fernando Oller, Vitor Candelaria, Alexandre Scobar, Ana Beatriz Linardi, Ricardo Nunciaroni e Italo Bin. Os zecas: Marcelo Calil, Marcelo Serrano, Fabio Pontes, Wallace Kordelos e o Graveto da Cantareira 4x4. No apoio técnico e fotográfico: Lorena Scobar ,Gabriela Scobar, Jessica Ferreira e Sonia Bueno.
Mesmo com o clima chuvoso, muita lama e muita água para atravessar, conseguiram fazer 90% da trilha no sábado mesmo. Isso graças ao eficiente trabalho dos zecas que, com agilidade e eficiência, conduziram o comboio em todos os desafios pesados.
Não faltou emoção quando os três primeiros ficaram engatados para fazer um trenzinho para puxar a F75, e ela ficar sobre duas rodas. Mas tudo se ajeitou e é claro que foi registrado para relembrarmos esses momentos divertidos. O trabalho em equipe funcionou de forma muito eficiente e a trilha transcorreu trabalhosa, porém tranquila.
Por volta das 17 horas do sábado, chegaram no famoso “pampeirão” ou “mousse” como é conhecido na região. Como o nome já diz, é uma abertura na mata que forma um atoleiro muito difícil de ser transposto, cujo solo argiloso e ardiloso, lembra as areias movediças da série “Perdidos no espaço” . Quando você entra nele, afunda, e gruda! Gruda mesmo!
Assim foi com o Troller do Ricardo, que tentou e não conseguiu passar. Grudou de um jeito que parecia ter nascido lá como parte da paisagem! Muitas tentativas de movê-lo de lá mas o pampeirão não deixava!
A chuva, que não deu trégua o dia inteiro, fez uma pequena interrupção que ajudou o grupo a fazer o esperado e tradicional churrasco, depois de decidir montar o acampamento e continuar os trabalhos no dia seguinte. Mesmo preparados com barracas, cobertores, meias, toucas e luvas extras todos sofreram com o frio da região, onde a temperatura chegou em torno dos 6°C. Mas estavam felizes por estar fazendo o que mais amam como hobby, pela companhia de amigos tão especiais e, diga-se de passagem, corajosos! O frio intenso dificultou o sono, e a noite pareceu longuíssima. Mas entre as cochiladas e estados sonambúlicos, um fenômeno: alguns ouvidos privilegiados escutaram o latido do cachorro....que veio lembrar que afinal, a trilha era do Cachorro Louco!!!
Assim que raiou o dia, o galo cantou! Mas de onde surgiu? Era o Calil animado acordando todos e imitando o bicho com perfeição.
E assim todos foram continuar os trabalhos. A Ana fez surgir um café quente do lado do comboio e logo os amigos surgiram do outro lado com um café da manhã vip! A turma que já estava no apoio em QAP acionou os amigos e cerca de 10 jipes se prontificaram a se deslocar para lá para ajudar a retirar o grupo do enrosco do pampeirão que estava danado de teimoso.
Tivemos muitas cintas arrebentadas na tentativa de descolar o Troller do terreno, e também, nesse contexto, o cabo de aço se mostrou mais adequado no trabalho intenso em condições difíceis, apesar dos cabos sintéticos serem mais leves e de fácil manuseio.
Na hora do almoço, um arroz de trilha sensacional preparado pelo Calil. Além de eficientíssimo na trilha, ainda é um super chef no comando do arado. Que refeição deliciosa! O ânimo das pessoas, que já estava bom, melhorou ainda mais com o delicioso almoço e os trabalhos aceleraram. E o céu escuro e carregado do dia anterior deu lugar ao sol, que deixou a paisagem mais vibrante e aquecida.
No domingo o pampeirão parecia um parque de diversões! Era bonito de se ver: aproximadamente 50 pessoas e 1 dúzia de jipes no lugar que é o paraíso de quem gosta de trilha pesada. Ali estava presente o espírito jipeiro: todos alegres, se divertindo, e na colaboração mútua. Enquanto algumas pessoas serviam o café, outras cuidaram das árvores caídas no caminho final da trilha, e outros já agilizaram os pontos de ancoragem.
Foi por volta das 20:30 horas do domingo que saiu o último jipe da trilha. Até mesmo os que foram ajudar precisaram de ajuda, pois a natureza estava realmente brava e exigente naquele dia. Esse espírito de companheirismo é o que faz o mundo OFF ROAD ser tão especial.
Nossa turma de apoio foram: Nelsão, Hiroshi, Renan Toguchi, Milton Nagaiassu, Gustavo Nagaiassu e Sergio Rolim (Jeep Clube de Ribeirão Pires), Tranca e Debora (Rolo4x4), Cheiro, Mauricio Pessotti e Zoio (Núcleo ABC Off Road),Guto e Gabriel (Jeep Clube do Brasil), Célia Zillig e Tarja Preta (Elite da Lama) e Thiago Alves.
Fica aqui o agradecimento da turma para aqueles que se dispuseram a deixar suas casas para ajudar, nesse dia frio, para que o grupo saísse da trilha.
Texto: Ana Beatriz Linardi
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